sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
Reformar a PAC: preparar o fim das quotas leiteiras
A AJADP, Associação dos Jovens Agricultores do Distrito do Porto,
organiza hoje, 20 de Janeiro de 2011, em cooperação com a APROLEP,
Associação dos Produtores de Leite de Portugal, pelas 14h00, no
Auditório da Cooperativa Agrícola de Vila do Conde, um Debate
subordinado ao tema: "REFORMAr A PAC E preparar O Fim das quotas
LEITEiraS", sendo esta iniciativa apoiada pela Caixa de Crédito
Agrícola Mútuo de Póvoa de Varzim, Vila do Conde e Esposende.
A sessão de abertura será presidida pelo Secretário de Estado da
Agricultura, Engº José Diogo Albuquerque, estando presente também o
Presidente da Câmara Municipal de Vila do Conde e presidentes de
várias organizações agrícolas locais. Segue-se a intervenção do Engº
David Gouveia, do Gabinete de Planeamento e Políticas do MAMAOT e
comentário do Dr. Arlindo Cunha, ex-ministro da agricultura. Esperamos
um debate animado com a participação de várias centenas de
agricultores.
Recorde-se que apresentámos já um conjunto de críticas à actual
proposta da reforma da PAC, tendo em conta que esta proposta:
- Não propõem qualquer iniciativa face à especulação nos preços dos
cereais utilizados na alimentação animal, que representam 60% dos
gastos de produção;
- Não apresenta caminhos para um maior equilíbrio de rendimentos entre
Produção, Indústria e Distribuição que conduza a um preço justo para
os produtores de leite.
- Não prolonga o regime de quotas leiteiras nem apresenta qualquer
sistema alternativo para estabilizar a produção.
Sobre a questão de quotas leiteiras, concordámos ainda que Portugal
deve insistir na defesa deste regime, pois o fim do sistema será
negativo para o nosso país. Contudo, tendo presente que Portugal
parece estar sozinho nessa posição, insistimos que é urgente preparar
um "Plano B" para a sobrevivência do sector sem quotas e que não deve
depender apenas de alguma ajuda vinda de Bruxelas, mas deve passar
pelo aumento da competitividade das explorações agrícolas, pela
racionalização do sistema de recolha e transformação, pela melhor
valorização dos produtos transformados e pela fidelização do
consumidor português para os produtos nacionais, o que só será
possível com a colaboração positiva da indústria e das cadeias de
distribuição. Só assim poderemos assegurar a instalação sustentada de
jovens agricultores no sector e o futuro da produção de leite com a
qualidade e quantidade necessárias para manter a segurança alimentar e
a soberania nacional.
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
Carlos César elogia afirmação da agricultura regional ao nível nacional
O presidente do Governo dos Açores, Carlos César, destacou hoje a
importância do sector agrícola para a criação de riqueza na região,
frisando que a agricultura açoriana se afirma pela positiva a nível
nacional.
«O sector agrícola nos Açores destaca-se positivamente a nível
nacional e afirma-se como gerador de riqueza», afirmou Carlos César,
salientando especificamente a produção de leite e de carne, mas também
os avanços que têm sido obtidos nos últimos anos em áreas como a
horticultura ou a floricultura.
Carlos César, que falava na cerimónia de lançamento da primeira pedra
do Parque de Exposições Agrícolas de S. Miguel, orçado em mais de 8,5
milhões de euros, frisou que se trata de um investimento «que integra
a nova geração de equipamentos que potenciam a modernização do sector
agrícola».
«É uma infra-estrutura moderna, especialmente vocacionada para
valorizar o sector, os seus produtos e actividades», frisou,
acrescentando que «compete ao governo criar condições ao nível das
infra-estruturas para que a economia agrícola possa progredir».
Na sua intervenção, Carlos César alertou para a necessidade dos
agricultores açorianos se prepararem para o fim das quotas leiteiras e
para a abertura do mercado europeu aos produtos do MERCOSUL,
nomeadamente a carne, mas também mostrou satisfação com o aumento
médio de 25 por cento ao ano da área agrícola na região não afecta à
pastagem.
«É muito importante para o crescimento da capacidade produtiva e para
a redução das exportações», afirmou.
O futuro Parque de Exposições Agrícolas de S. Miguel, que deve ser
inaugurado no verão de 2013, desenvolve-se em três níveis e inclui uma
grande nave de exposições, com 100 metros de comprimento e 11 de
altura.
Uma ampla zona de estacionamento, serviços de apoio técnico, um espaço
para banquetes que pode receber 4.000 pessoas sentadas, um
restaurante, um bar e zonas comerciais estarão também disponíveis
nesta infra-estrutura, que contará ainda com gabinetes, salas de
reuniões e uma zona administrativa.
«Este é um momento especial», afirmou Jorge Rita, presidente da
Associação Agrícola de S. Miguel, entidade que, juntamente com a
Secretaria Regional da Agricultura, promove este investimento.
Para Jorge Rita, trata-se de uma «obra emblemática» para a
agricultura, que dará «dignidade» ao sector.
Na sua intervenção, Jorge Rita apelou a que o executivo «continue a
investir na agricultura», recordando que é um sector que garante
sustentabilidade, estendendo o apelo à banca para que «não tenha
reservas nos investimentos na agricultura».
Lusa/SOL
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